30.9.09

A Foca

Estou a ler The World According to Clarkson Vol. 3 e alguns dos textos dele têm imensa piada. O que eu gostei mais até agora foi este, que é muito muito bom.


How to blow up a dead seal
Jeremy Clarkson 

"Last weekend the Sunday Times Home section devoted a lot of space to moving to the seaside and living for the rest of your life in a chunky polo neck sweater and yellow wellies. It all looked terribly idyllic. 
But I have a cottage by the coast and let me tell you there are certain aspects of life by the sea that you might not have considered: like, for instance, what you are supposed to do when an 8ft seal comes to the beach outside your house and dies. 

No, I didn’t club it. And nor had it become entangled in the £40 worth of fishing equipment that I lose in the oggin every evening. Global warming? Perhaps, but contrary to the teachings of Rolf Harris there is another, more common way for seals to die. It’s called old age. 

Whatever, it was dead and despite a limited knowledge about these things I knew that I had maybe two days before it would start to smell pretty bad. 

“Push it into sea,” said one local. A fine plan I’m sure, but such was the weight of the thing I think it would have been easier to push the sea onto the seal. God it was heavy. 

And worse, while trying to manhandle it through the shallows, its eyes fell out. 

So now I’m standing up to my shins in water that’s being stained a sort of pungent reddy brown, and all around small fish and crabs are fighting one another to eat the eyes. This is something David Attenborough doesn’t show. 

The gruesome, cruel, revolting side of nature. 

I’m not ashamed to admit that after only a very short while I was prodigiously sick. And then the crabs start to eat that. 

Happily I recently bought a special eight-wheel-drive vehicle for just such an emergency, so I reversed this on to the beach with a view to pulling the seal above the high-water mark. Carefully I tied a rope to its flippers, and promptly pulled them off. 

Say what you like about seals, that they’re cute and so on, but I can assure you they are incredibly badly made. The slightest tug or nudge causes bits of them to come away. 

Anyway, after much revving and many arguments with my wife about what sort of knot would be best, we finally had the beast on dry land. But then what? Momentarily I considered towing it to a nearby beauty spot where people were camping illegally. A rotting seal with no eyes or feet would soon clear them away. “No,” said another passing local, “you should turn it into a coat.” 

This raises an interesting point. You might think you’re prepared for a life by the sea. You can probably paint, and arrange flowers, and make jam from kelp, but can you skin a seal? I’m willing to bet you can’t. And neither can I, so I decided to burn it. 

Of course, I’ve watched Ray Mears many times and I know that it’s easy to light a fire with nothing but patience and some dry wood. But this is the Isle of Man and I’d like to see him find some dry wood here. It all falls into two categories: damp or sodden. 

I collected as much of it as I could, along with half a ton of litter that’s always easy to find on a beach, and made what would pass for a Viking funeral pyre . . . and then went to the garage to buy a couple of gallons of diesel. 

Not since the wreckers were operating round these parts has the Isle of Man seen such an enormous blaze. All day it spat and crackled and I went to bed that night pleased that I’d found an appropriate and dignified way for the seal to be dealt with. 

But it didn’t work. The seal emerged with nothing more than a lightly singed coat. 

So I built an even bigger fire. This one was going to make the conflagration in Hemel Hempstead look like the pilot light in your boiler. I bought diesel, petrol, meths, engine oil, kindling and even a light sprinkling of gunpowder. Then I lit a match and knew immediately I’d overdone it. The pile didn’t catch fire. It exploded. 

The savagery was incredible. It looked like Beirut out there. Nothing within 50 yards was as it had been. Except the seal. It remained in one piece, only now it had a small gash in its stomach through which its intestines were poking. These smelt terrible. 

I therefore rented, for the not inconsiderable sum of £175 a day, a bulldozer so that I could dig a grave for the lightly singed, mildly split corpse. This is an expense you might not have considered when thinking about moving to the seaside. 

Have you ever tried digging a grave on a shingle beach? It can’t be done. Shingle is the geological equivalent of the Hydra. You scoop 10 stones out of the way and immediately 10 grow back to fill the cavity. 

By the time my 24-hour bulldozer rental period was up, the hole was just about big enough for Willie Carson. But not a big dead grey seal, so I’m afraid there’s no happy ending. It’s still out there, making the whole postcode smell like Cambodia’s killing fields. 

I thought that a life by the sea would be relaxing. I thought it’d be nice to work here. 

And it is, although I must say this is the first newspaper column I’ve written while wearing a gas mask."

28.9.09

27.9.09

Votos

Portugal precisava era de um Obama.

24.9.09

Porque Este Blog Não É Só Para Dizer Mal

"Portugal entre os 8 melhores do mundo

CTT recebem Certificado de Excelência internacional

Portugal obtém um Certificado de Excelência no processamento de correio internacional."

A notícia aqui.

Tenho muito orgulho nos correios de Portugal. Felizmente é um dos serviços que melhor funciona e já tive várias oportunidades para o confirmar. Basta entrar no site para ver que está a milhas de distância dos correios de muitos países ditos desenvolvidos.

Aqui Ainda Parece Verão


Desacordo

"O Brasil é o único país que recebeu a língua de fora e que impõe uma revisão da língua ao país matriz, como se os Estados Unidos impusessem um acordo ortográfico à Inglaterra", afirmou Sousa Tavares, criticando o facto de não ter havido uma consulta aos profissionais que trabalham com a língua, como os escritores, jornalistas e professores.
"Ninguém foi ouvido, o acordo foi imposto tanto no Brasil como em Portugal".

Miguel de Sousa Tavares, aqui.

Discordo tanto, mas tanto deste raio desta imposição ortográfica. Eu acho que a nossa língua é hoje em dia o nosso maior tesouro. O português é lindo e bem falado é muito estimulante.

Agora não me venham com tretas, quem toma decisões relativamente à língua é o país de origem. Como alguém disse há uns tempos, se há muita gente a cometer o mesmo erro, tornar o erro regra não resolve coisa nenhuma. Senão daqui a uns tempos é ver nos livros palavras e expressões tão bonitas como "há-des" ou começar a ver-se escrito em documentos oficiais as abreviações de certos verbos "tá assim definido que...".

É triste, triste, triste ver a nossa língua ser tão maltratada a troco de nada. Nestas alturas é que ficava bem fazer um referendo.

23.9.09

Rádio

Ando um bocado aborrecida com a antena 3, porque nao consigo ouvir radio em directo no meu mac. Mandei um email para la que dizia isto a queixar-me e a resposta que me deram foi esta:

Software que pode possibilitar a audição: flip4mac

Obrigado.

José Mariño
DIR. PROGRAMAS RÁDIO


Muito obrigada por coisa nenhuma. Acho uma vergonha que eu tenha que fazer download de um programa obscuro que nem se quer me garante que eu consiga ouvir a radio. Uma vergonha.

A solucao? Nao oico, quero que eles se lixem.

20.9.09

FB

Estou a ter imensos problemas em conseguir aceder ao facebook. Será que devo estar preocupada por estar ligeiramente ansiosa?

Talento

Por razões que agora não interessam tive a oportunidade de ver um bocadinho daquele programa terrivel da tvi em que as crianças vão lá cantar. Aquela rapariga que já fez tanto pelo talento em portugal, a Rita Pereira, disse a uma miuda que tinha acabado de actuar:

"Ainda bem que a produção escolheu outra vez uma canção da Sara Tavares, porque eu gosto muito de avaliar as canções da Sara Tavares."

Ora, que eu saiba, a rapariga não percebe grande coisa de música, mas pelos vistos a tvi acha que sim e o mais engraçado é que ela também.

Maravilhoso




The Beatles Rock Band.

18.9.09

Nota

Jogar no euromilhoes online.

17.9.09

Bússola Eleitoral

Para quem tem duvidas em quem votar:

Visitem este site.

The Complete Novels of Jane Austen



Comprei este livrinho maravilhoso pela Amazon, só custava 5 libras, mas com os portes de envio para Portugal ficou em 10. Mesmo assim acho baratíssimo, porque são 7 livros em 1.

Uma das coisas que eu acho mais escandalosas é neste país os livros serem caríssimos. Uma pessoa vai à fnac e todo os livros custam à volta de 15, 17, 20 euros. É uma vergonha! Depois anda-se para ai a dizer que em Portugal se lê pouco, pudera, cá até para se comprar livros regularmente quase que é preciso ser rico.

16.9.09

Ilusão

Em conversa com um amigo numa esplanada dei por mim a pensar que me sentia exausta. Exausta de procurar constantemente algo, de sentir, de tentar, de acreditar, de desejar. E comecei a questionar-me ate que ponto os nossos sentimentos se podem desgastar. Ate que ponto perdemos um bocadinho de nos com o que as pessoas nos fazem ou nao fazem. As desilusões sao como sulcos na parede que nos ajudam a trepar para um lugar onde a vista e mais bonita ou sao como marcas que vao destruindo uma pintura?

Sinceramente, nao sei. Embora tenha a tendência para achar que e o primeiro caso. Que aprendemos sempre alguma licao importante e que devemos tentar sair disso melhores pessoas e tentar nao cometer os mesmos erros outra vez.

E e disto que me sinto exausta, desta luta que nao acaba.

Eu gosto de ir ao cinema, jantar fora, ir a praia, ir as compras, dar passeios. Gosto de poder falar do livro que li, do programa de tv que vi, do que aconteceu no trabalho. Gosto da ideia de ter um companheiro. Nao me interpretem mal, eu também gosto de estar sozinha e sinto que neste momento nada poderia crescer nesta terra queimada, e sempre preciso tempo para regenerar.

E nestas alturas lembro-me sempre de um dos textos mais bonitos que ja li do Miguel de Sousa Tavares. Este homem e um escritor maravilhoso e ninguém se consegue exprimir melhor do que ele.

"E escrevi o teu nome e o teu número de telefone numa página da agenda do mês de Fevereiro. E, ao escrevê-lo, sabia que era uma despedida, mas todo o mês de Março nos arrastámos na despedida, como caranguejos na maré vazia. Sem ti, lancei outras raízes, construí pátios e terraços, fontes cujo som deveria apagar todos os silêncios, plantei um pomar com cheiro a damasco, mandei fazer um banco de cal à roda de uma árvore para olhar as estrelas do céu, um caminho no meio do olival por onde o luar pousaria à noite, abóbodas de tijolo imaginadas pelo mais sábio dos arquitectos e até teias de aranha suspensas no tecto, como se vigiassem a passagem do tempo. Nada disso tu viste, nada te contei, nada é teu. Sozinhos, eu e a aranha pendurada na sua teia, comtemplámo-nos longamente, como quem se descobre, como quem se recolhe, como quem se esconde. Foi assim que vi desfilar os anos, as paredes escurecendo, um pó de tijolo pousando entre as páginas dos mesmos livros que fui lendo, repetidamente. Heathcliff e Catarina Linton destroçados outra vez pela minúcia do tempo.
Como explicar-te como tudo isto se te tornou alheio, como tudo te pareceria agora estranho, como nada do que foi teu vigia o teu hipotético regresso? Ulisses não voltará a Ítaca e Penélope alguma desfará de noite a teia que te teceste.

E arranquei a página da agenda com o teu nome e o teu número de telefone. Veio a seguir Abril e depois o Verão. Vi nascer a flor da tremocilha e das buganvílias adormecidas, vi rebentar o azul dos jacarandás em Junho, vi noites de lua cheia em que todos os animais nocturnos se chamavam rãs, corujas e grilos, e um espesso calor sobre a devassidão da cidade. E já nada disto, juro, era teu.

E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.

Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.

E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com cheiro a algas e a iodo. E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu para sempre."


Não te Deixarei Morrer, David Crockett

13.9.09

Lost

Passar 4 dias em Lisboa fez-me perceber que realmente nao gosto minimamente da vida que se tem por la. Vivi la 6 anos e depois de viver Na Holanda, em Londres e voltar ao Algarve nao me consigo imaginar naquelas filas de transito intermináveis, etc. E uma cidade bonita para visitar, mas e preciso uma paciência de santo para viver com tao pouca qualidade de vida.

Percebi também que realmente nao quero voltar a universidade para tirar um mestrado. Fui fazer uma formação curta que achei muito interessante, mas já nao consigo estar fechada numa sala a ouvir alguém sem parar. Eu gosto mesmo e de trabalhar.

8.9.09

Philip



Ainda a propósito do filme, tenho de dizer que gosto mesmo muito do Philip Seymour Hoffman. Não é propriamente um homem bonito, mas é tão bom actor e tem tanto estilo, acho-o terrivelmente atraente. E no fundo, o que é que são 15 anos entre nós Philip?

The Boat That Rocked



Fui ver este filme sem grandes expectativas, mas gostei. Não é brilhante, mas gostei da história e gostei de ver imagens do que seria Londres nos anos 60. Até me veio uma lágrima quando mostraram o Big Ben. Que saudades.

No princípio chega a ser um bocadito aborrecido, mas a parte final é muito boa. Foi uma noite bem passada.

1.9.09

1 de Setembro

O Algarve e de novo dos algarvios.

Amen.