Os Saquinhos De Plástico
Uma coisa que me faz espécie são os saquinhos de plásticos para os líquidos nos aeroportos.
Em Portugal temos de os comprar, mas em Londres eram de graça. Caixas e caixas cheios de saquinhos de plástico ali para qualquer pessoa levar. E digo eram, porque no outro dia quando cheguei a Stanstead pronta para ir buscar uns quantos eles já lá não estavam. Vi logo que a festa tinha acabado. Fui a uma loja perguntar se os vendiam lá e a senhora indicou-me as máquinas onde os podia comprar e disse que tinham deixado de dar os sacos porque as pessoas abusavam.
Como é óbvio, portuguesa que sou, eu abusava dos saquinhos e adorava, é a triste verdade. Ficava sempre com a sensação de que tinha feito um belo negócio. De todas a vezes que viajava tirava uns 3 ou 4 e guardava em casa, para usar quando voasse de Portugal. E mais, aconselhava todas as pessoas que estivessem comigo a levar uns extra, porque era de graça.
Compreendo que deviam ficar doidos no aeroporto por andarem a fornecer sacos de plástico para os países todos do sul da Europa, à custa dos portugueses, espanhóis, italianos, etc.
E lembrei-me da história da minha amiga espanhola que quando chegou a Londres e viu os jornais que dão no metro queria convencer o namorado australiano a levar um monte deles para casa. E ele perguntava-lhe para que é que ela queria um monte de jornais e ela não sabia, mas queria, porque estavam ali e era de graça.
Está-nos no sangue, não há nada a fazer.