Parte-me a cabeça saber que há pessoas que passam a vida a dormir ou a ver televisão no sofá. Há um mundo enorme lá fora, caramba. Claro que eu também aprecio descansar e dormir de vez em quando, mas isso não tem valor nenhum se for apenas isso que se faz na vida. Alguém me dê um soco se eu passar outro fim de semana em casa quando podia andar na rua.
"A Presidência da República portuguesa custa cinco vezes do que a Casa Real espanhola, em valores absolutos e 18 vezes mais por habitante."
Não sou propriamente a favor da monarquia, mas não deixa de ser interessante, que um país como o nosso onde muita gente vive mal, seja sempre o que mais gasta em merdas absolutamente desnecessárias. Ainda tenho os fatos do palhaço do Sócrates entalados na garganta.
Ontem ia a conduzir normalmente a caminha de uma consulta. O carro à minha frente parou, fez pisca à esquerda e ficou à espera para poder virar. Eu parei atrás dele. E quando olhei pelo espelho retrovisor apercebi-me que a carrinha enorme que vinha atrás de mim não ia parar. E não parou, ele nem sequer travou, chocou com o meu carro com toda a força e eu fui bater no carro da frente. Fui uma sensação horrível, quando sai do carro estava tão atordoada que nem me apercebi que tinha chocado com o da frente. Felizmente ninguém se magoou, ficamos todos bem. Os únicos danos foram materiais, o meu carro foi o que ficou pior, com a traseira toda metida para dentro e a parte da frente partida. E realmente fez-me ver como os carros são perigosos, como um segundo de distracção do condutor de trás (foi-me dito que ele ia ao telemóvel) originou ali um embate tão violento num instante. Claro que isto está sempre a acontecer, mas acontece mais porque as pessoas continuam a achar que falar ao telemóvel ou beber ou não respeitar os limites de velocidade é aceitável, porque conduzem muito bem e nada os afecta. Não tratam os carros como máquinas potencialmente mortais que são e o problema é quando a coisa corre mal. Eu não sou nenhuma condutora exemplar, tento ser, nunca conduzi bêbada e não atendo o telefone, porque sei que me distraio facilmente e que às vezes basta um segundo.
Encontrei este vídeo num blog que costumo ler, é chocante, mas vale a pena ver.
O ano passado prometi a mim mesma que todos os anos ia fazer uma grande viagem, a um sítio mais longe. Ia juntar dinheiro e investi-lo a passear. 2010 Ia ser o ano da Tailândia, do Japão, da Indonésia ou da Austrália. Ia, porque como as coisas vão já vou ter muita sorte se conseguir sair do Algarve nos próximos tempos. E assim começo imediatamente a quebrar a minha resolução. O que me leva a conclusão de que não vale a pena planear demasiado, porque são raras as vezes que o cosmos nos permite segui-las. Ter todo o tempo do mundo para viajar e não ter dinheiro nenhum, that is life for you. Fiz umas pesquisas na net sobre viagens à volta do mundo (5 Continentes) e cheguei a conclusão que para um passeio deste género precisaria de pelo menos 30 000 euros. Coisa pouca.