Crescer
É deixar de nos esforçarmos por gostar de pessoas que na realidade não gostam de nós como deviam.
É deixar de nos esforçarmos por gostar de pessoas que na realidade não gostam de nós como deviam.
Mononoke 0 graus para oeste
No meu trabalho as pessoas estão divididas por equipas e as equipas estão divididas por salas, na minha equipa somos 3, eu e dois rapazes. Eles estudaram juntos na universidade, por isso já se conhecem há imenso tempo, são amigos e dão-se muito bem, eu trabalho diariamente com eles por isso eles já me tratam como um dos rapazes, ou seja dizem tudo o que lhes vem à cabeça. O que me tem permitido ouvir imensos comentários sobre as namoradas deles, as relações, os amigos, as coisas que os amigos dizem e fazem quando as namoradas estão e não estão presentes. E depois dizem-me "Estás a ver? Os homens são assim".
E se a minha fé nos homens e nas relações já não andava no seu melhor, depois de os ver ao vivo no seu habitat e sem truques, sinto cada vez mais que isto vai ser como encontrar uma agulha no palheiro, às escuras, bêbada e de mãos atadas.
Mononoke 4 graus para oeste
Em Londres fiquei super fã de fazer as compras do super mercado online. Há dois dias resolvi que ia experimentar fazer o mesmo cá e fui à pagina do continente e criei um perfil. A página não é das melhores, mas funciona bastante bem.
É maravilhosa a sensação de não perder horas no super mercados, nas filas e carregar com as compras. Se puder não volto a por os pés num hiper mercado.
Mononoke 1 graus para oeste
Ver que as botas da camper que eu gosto custam 210 euros em portugal e 160 libras em londres e lembrar-me que lá ganhava o dobro do que ganho aqui.
Mononoke 3 graus para oeste
Irritam-me profundamente as pessoas que vão a programas para mudar a sua imagem e depois se recusam a cortar o cabelo.
Mononoke 1 graus para oeste
Este blog anda uma seca que não se pode.
Resumo, vim para lisboa, fui à entrevista e consegui o emprego. Estupidamente eu já sabia que o ia conseguir apenas porque não o queria. O que me leva a pensar que esta semana quando jogar o euromilhões vou estar convicta que não quero ganhar dinheiro nenhum.
Mas já comecei a trabalhar há duas semanas e está a correr bem. É a primeira vez que trabalho em portugal e apesar de estar a gostar de estar no escritório, gostar das pessoas e até do que estou a fazer não posso deixar de me sentir desiludida com a maneiro como as coisas são levadas aqui. Para começar, contrato nem pensar, porque "o estado exerce muita pressão sobre nós se te dermos um contrato", depois o horário flexível faz com que as pessoas cheguem entre as 8.30 e as 12.00. Sim há mesmo pessoas que chegam as 11 todos os dias. E é aquela sensação de não se ter segurança, não haver regras, de achar que as coisas vão sendo inventadas à medida que são precisas. E eu que sempre disse que não aceitaria este tipo de condições vejo-me a engolir tudo o que disse.
Para além disso tenho tentado aproveitar ao máximo para ir ao cinema, concertos, jantares, saídas. Talvez por as minhas expectativas estarem tão em baixo até estou a gostar de cá estar outra vez, embora deteste ter de guiar para todo o lado a toda a hora.
Mononoke 1 graus para oeste
Ha uns dias mostraram-me um texto muito engracado e com o qual me consigo identificar.
"Better the broken Windows than life with the Mac monks
CHARLIE BROOKER
November 3, 2009
Using Windows is like living in a communist bloc nation circa 1981. And don't change it.
I admit it: I'm a bigot. A hopeless bigot at that: I know my particular prejudice is absurd, but I just can't control it. It's Apple. I don't like Apple products. And the better-designed and more ubiquitous they become, the more I dislike them. I blame the customers. Awful people. Awful. Stop showing me your iPhone. Stop stroking your Macbook. Stop telling me to get one.
Seriously, stop it. I don't care if Mac stuff is better. I don't care if Mac stuff is cool. I don't care if every Mac product comes equipped with a magic button on the side that causes it to piddle gold coins and resurrect the dead and make holographic unicorns dance inside your head. I'm not buying one, so shut up and go home. Go back to your house. I know, you've got an iHouse. The walls are brushed aluminum. There's a glowing Apple logo on the roof. And you love it there. You absolute monster.
Of course, it's safe to assume Mac products are indeed as brilliant as their owners make out. Why else would they spend so much time trying to convert non-believers? They're not getting paid. They simply want to spread their happiness, like religious crusaders.
Consequently, nothing pleases them more than watching a PC owner struggle with a slab of non-Mac machinery. Recently I sat in a room trying to write something on a Sony Vaio PC laptop which seemed to be running a special slow-motion edition of Windows Vista specifically designed to infuriate human beings as much as possible. Trying to get it to do anything was like issuing instructions to a depressed employee over a sluggish satellite feed. When I clicked on an application it spent a small eternity contemplating the philosophical implications of opening it, begrudgingly complying with my request several months later. I called it a bastard and worse. At one point I punched a table.
This drew the attention of two nearby Mac owners. They hovered over and stood beside me, like placid monks.
"Ah: the delights of Vista," said one.
"It really is time you got a Mac," said the other.
"They're just better," sang the first monk.
"You won't regret it," whispered the second.
Leave me alone, I thought. I don't care if you're right. I just want you to die.
I know Windows is awful. Everyone knows Windows is awful. Windows is like the faint smell of piss in a subway: it's there, and there's nothing you can do about it. It's grim, it's slow, everything's badly designed and nothing works properly: using Windows is like living in a communist bloc nation circa 1981. And I wouldn't change it for the world, because I'm an abject bloody idiot and I hate myself, and this is what I deserve: to be sentenced to Windows for life.
That's why Windows works for me. But I'd never recommend it to anybody else, ever. This puts me in line with roughly everybody else in the world. No one has ever earnestly turned to a fellow human being and said, "Hey, have you considered Windows?"
Until now. Microsoft, hell-bent on tackling the conspicuous lack of word-of-mouth recommendation, is encouraging people — real people — to host "Windows 7 launch parties" to celebrate the release of, er, Windows 7.
To assist the party-hosting massive, they've uploaded a series of spectacularly cringeworthy videos to YouTube, in which the four most desperate actors in the world stand around in a kitchen sharing tips on how best to indoctrinate guests in the wonder of Windows. If they were staring straight down the lens reading hints off a card it might be acceptable; instead, they have been instructed to pretend to be friends. The result is the most nauseating display of artificial camaraderie since the horrific Doritos "Friendchips" TV campaign (which caused 50,000 people to kill themselves in 2003, or should have done).
It's so terrible, it induces an entirely new emotion: a blend of vertigo, disgust, anger and embarrassment that I like to call "shitasmia". It not only creates this emotion: it defines it. It's the most shitasmic cultural artefact in history. Watch it for yourself.
Still, bad though it is, I vaguely prefer the clumping, clueless, uncool, crappiness of Microsoft's bland Stepford gang to the creepy assurance of the average Mac evangelist. At least the grinning dildos in the Windows video are fictional, whereas eerie replicant Mac monks really are everywhere, standing over your shoulder in their charcoal pullovers, smirking at your hopelessly inferior OS, knowing they're better than you because they use Mac OS X v10.6 Snow Leopard. I don't care if you're right.
I just want you to die."
Mononoke 3 graus para oeste
O Algarve é o sítio que mais amo no mundo. Não acredito que haja um sítio melhor para se estar, sinto um amor imenso por aquelas praias e pela ligação ao mar. Reconheço que falta muita coisa, cultura, escolas especializadas, serviços, lojas, etc, mas quem vive lá já se habituou.
Londres esta no meu coração, em Londres sinto-me em casa, mesmo sendo um país estrangeiro. Anseio por voltar a ter uma vida lá, porque foi a primeira vez em muitos anos que me senti feliz. E apesar de muitas e muitas horas difíceis, sinto que é como se me conseguisse descobrir lá.
Perdi o emprego há cinco meses, vi-me forçada a voltar há quatro, recomecei há procura de emprego há dois.
Esta semana decidi vir passar uns dias a Lisboa, porque tenho cá casa para ficar, queria ver amigos e mudar de ares. Procurar emprego é tão cansativo e desesperante às vezes. Eu vou ser sincera, após ter vivido aqui seis anos eu tenho uma grande certeza, não gosto minimamente de viver em Lisboa. É uma cidade muito bonita para se visitar, sou a primeira a dizer isso, mas eu odeio a vida que se tem aqui. Ontem quando cheguei à ponte fiquei presa na 2a circular durante uma hora, era exactamente o que me apetecia depois de 3 horas a guiar.
Eu começo a chegar à ponte e começo a sentir-me desconfortável, não há razão para isso, mas não consigo explicar. Eu nunca fui feliz aqui, aliás fui até bastante infeliz, para dizer a verdade, mas só me apercebi verdadeiramente disso quando fui para Londres. Eu detesto a vidinha de ter de ir de carro para todo o lado, acho insuportável. Se pudesse só andava de metro, mas ainda há muitas zonas onde é difícil ir de metro e os autocarros são péssimos, nunca mais quero ter de entrar num.
Conclusão, eu não quero voltar a viver em Lisboa.
Na minha ansiedade de procurar emprego, tenho mandado currículos para todo o lado, Algarve, Londres, Paris, Dinamarca, Noruega, Suécia e mandei uns 3 para Lisboa. Ontem chamaram-me para ir a uma entrevista nos arredores de Lisboa. E claro que eu fiquei contente e posso nem conseguir o emprego, mas ao mesmo tempo não consigo deixar de pensar que raio de universo doente é este que me tira da cidade onde eu realmente quero viver e era feliz e de repente me chama para uma entrevista num dos sítios onde eu já fui mais infeliz.
Mononoke 4 graus para oeste